quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Conto bônus de Natal


Ao final de Dezembro, enquanto os adultos da casa estavam ocupados e estressados com o trabalho extra que lhes apareceu no final de ano, o pequeno Assuero estava muito animado pela vinda do Papai Noel a quem ele esperava ansiosamente o ano inteiro. Ele encheu a sala de sua casa com luzes coloridas, cozinhou um belo pedaço de pernil além de ter se vestido de branco para receber o seu convidado.

 Na noite prevista para a chegada do velhinho, Assuero abriu a janela da sala, deixou as luzes apagadas e se escondeu atrás de um armário. Quando escutou o barulho na janela, rapidamente saiu de seu esconderijo, acendeu as luzes e disse alegremente:

-Graças te dou Papai Noel! Eu sou Assuero, o filho mais velho da casa e a ti tenho esperado por todo o ano. Conforme ordenado pelos meus pais, eu fui um filho obediente, ajudei todos os meus colegas, fui um bom aluno e me arrependi de todas as coisas erradas que fiz. Agora te rogo que se assente na mesa, coma a comida que fiz em sua homenagem e dá-me o presente que mereço receber.

Muito impressionado com a forma que fora recebido, respondeu-lhe o Papai Noel:

-Meu filho, agradeço com sinceridade por esta recepção que fizeste para mim, contudo, teus pais não te ensinaram o correto. A pessoa a quem deves esperar nesta data não sou eu.

-Como assim? Meus pais sempre me diziam que se eu me comportasse o ano inteiro virias tu entrando pela janela e me daria um presente pelas boas obras que fiz durante esta data.

-Certamente eu apareço entrando pela janela e deixando um presente para as crianças boas, contudo, o presente que eu te darei é só uma lembrança que perecerá com o tempo e não é por minha causa que deves fazer boas ações. A pessoa que deves homenagear neste dia é muito superior a mim e ele te dará um presente que jamais perecerá, mesmo quando cresceres este presente ainda lhe será muito útil e até os seus pais e amigos serão beneficiados com aquilo que ele lhe entregar.

-De quem está falando? Quem é este de cuja honra eu devo me agradar? – Perguntou Assuero.

-Tu já deves ter ouvido falar dele. O seu nome é Puro e Justo. Ele tem chifres de carneiro e segura uma vara de pesca na mão direita. Ele tem poder de acalmar as feras e até um coração ferido ele pode curar.

-Meus pais gostaram de saber isso- Disse o pequeno animado- Obrigado Papai Noel!

Terminada a conversa, o velhinho entregou um presente ao garoto e também lhe deu uma bandeja que tinha desenhada em seu fundo dois peixes, depois ele se despediu e saiu pela janela.

Quando o dia amanheceu, os pais de Assuero desciam lentamente a escada que ligava o andar de cima da casa com a sala de estar, eles estavam sonolentos e desanimados até que se deparavam luzes em toda casa e um cheiro forte de comida fresca vindo da sala de jantar. Eles andaram em direção a sala de jantar e viram muita comida encima da mesa e envolta dela todos os seus filhos alegres e entusiasmados.

-O que aconteceu aqui? Vocês receberam o presente do Papai Noel? – Perguntou o pai.

-Muito melhor do que isso! – Disse Assuero – Eu vou contar-lhes tudo o que aconteceu esta noite – E o garoto contou tudo o que tinha ouvido do Papai Noel – E vejam o que ele me deu – E mostrou-lhes a bandeja que ganhara junto com o presente.

Os adultos olharam a bandeja fixamente e por um momento se sentiram envergonhados. Tinham ensinado as crianças a se comportar bem e esperar pela pessoa errada. Eles se entreolharam espantados, mas depois soltaram um leve sorriso.

-Crianças, vocês estão certas! Vamos celebrar corretamente este dia. Alegremo-nos e regozijemo-nos neles! – Disse a mãe que foi respondida com um abraço feliz dos filhos e de seu afinal.

Afinal, havia mesmo o que se comemorar. Os adultos finalmente se lembraram de que aquele dia era Natal.

História natalina do Douglas
 
 


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