Ao final de
Dezembro, enquanto os adultos da casa estavam ocupados e estressados com o
trabalho extra que lhes apareceu no final de ano, o pequeno Assuero estava
muito animado pela vinda do Papai Noel a quem ele esperava ansiosamente o ano
inteiro. Ele encheu a sala de sua casa com luzes coloridas, cozinhou um belo
pedaço de pernil além de ter se vestido de branco para receber o seu convidado.
Na noite prevista
para a chegada do velhinho, Assuero abriu a janela da sala, deixou as luzes
apagadas e se escondeu atrás de um armário. Quando escutou o barulho na janela,
rapidamente saiu de seu esconderijo, acendeu as luzes e disse alegremente:
-Graças te dou Papai Noel! Eu sou Assuero, o filho mais
velho da casa e a ti tenho esperado por todo o ano. Conforme ordenado pelos
meus pais, eu fui um filho obediente, ajudei todos os meus colegas, fui um bom
aluno e me arrependi de todas as coisas erradas que fiz. Agora te rogo que se
assente na mesa, coma a comida que fiz em sua homenagem e dá-me o presente que
mereço receber.
Muito impressionado
com a forma que fora recebido, respondeu-lhe o Papai Noel:
-Meu filho, agradeço com sinceridade por esta recepção que
fizeste para mim, contudo, teus pais não te ensinaram o correto. A pessoa a
quem deves esperar nesta data não sou eu.
-Como assim? Meus pais sempre me diziam que se eu me
comportasse o ano inteiro virias tu entrando pela janela e me daria um presente
pelas boas obras que fiz durante esta data.
-Certamente eu apareço entrando pela janela e deixando um
presente para as crianças boas, contudo, o presente que eu te darei é só uma
lembrança que perecerá com o tempo e não é por minha causa que deves fazer boas
ações. A pessoa que deves homenagear neste dia é muito superior a mim e ele te
dará um presente que jamais perecerá, mesmo quando cresceres este presente
ainda lhe será muito útil e até os seus pais e amigos serão beneficiados com
aquilo que ele lhe entregar.
-De quem está falando? Quem é este de cuja honra eu devo me
agradar? – Perguntou Assuero.
-Tu já deves ter ouvido falar dele. O seu nome é Puro e
Justo. Ele tem chifres de carneiro e segura uma vara de pesca na mão direita.
Ele tem poder de acalmar as feras e até um coração ferido ele pode curar.
-Meus pais gostaram de saber isso- Disse o pequeno animado-
Obrigado Papai Noel!
Terminada a
conversa, o velhinho entregou um presente ao garoto e também lhe deu uma
bandeja que tinha desenhada em seu fundo dois peixes, depois ele se despediu e
saiu pela janela.
Quando o dia
amanheceu, os pais de Assuero desciam lentamente a escada que ligava o andar de
cima da casa com a sala de estar, eles estavam sonolentos e desanimados até que
se deparavam luzes em toda casa e um cheiro forte de comida fresca vindo da
sala de jantar. Eles andaram em direção a sala de jantar e viram muita comida
encima da mesa e envolta dela todos os seus filhos alegres e entusiasmados.
-O que aconteceu aqui? Vocês receberam o presente do Papai
Noel? – Perguntou o pai.
-Muito melhor do que isso! – Disse Assuero – Eu vou
contar-lhes tudo o que aconteceu esta noite – E o garoto contou tudo o que
tinha ouvido do Papai Noel – E vejam o que ele me deu – E mostrou-lhes a
bandeja que ganhara junto com o presente.
Os adultos olharam a
bandeja fixamente e por um momento se sentiram envergonhados. Tinham ensinado
as crianças a se comportar bem e esperar pela pessoa errada. Eles se
entreolharam espantados, mas depois soltaram um leve sorriso.
-Crianças, vocês estão certas! Vamos celebrar corretamente
este dia. Alegremo-nos e regozijemo-nos neles! – Disse a mãe que foi respondida
com um abraço feliz dos filhos e de seu afinal.
Afinal, havia mesmo
o que se comemorar. Os adultos finalmente se lembraram de que aquele dia era
Natal.
História natalina do Douglas
História natalina do Douglas
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